Após a determinação da Secretaria Estadual da Saúde (SES) para a reserva de até 50% dos leitos clínicos para o tratamento de casos de Covid-19 em toda a rede de saúde do Rio Grande do Sul, gestores de hospitais filantrópicos informaram que o aumento não vai ser imediato. Segundo o presidente da Federação das Santas Casas do Rio Grande do Sul, Luciney Bohrer, é necessário adequar as realidades de cada hospital.
Bohrer considera que a medida pode ser cumprida mais prontamente naquelas instituições de menor porte, que tenham leitos clínicos ociosos no momento. Já nas casas de saúde maiores, alas que hoje não atendem casos de Covid devem ser liberadas paulatinamente. “Os hospitais vinham nesse processo de aumento de leitos para atendimento Covid, mas cada local vive a sua realidade. Não posso mandar um paciente grave para casa”, disse na tarde desta quarta-feira o presidente da federação.
Também diretor do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, o gestor ressalta que novos leitos poderão ser abertos, mas que não é possível precisar datas no momento. No HC, a UTI Covid já expandiu quatro vagas, chegando a 27, mas havia pelo menos três pacientes aguardando transferência para um leito de alta complexidade. Além disso, ressalta Bohrer, outras alas de atendimento clínico do hospital poderão ser utilizadas na assistência à Covid, mas ainda não é possível determinar prazo para a liberação dos pacientes que já internaram.
Nesta quarta-feira, gestores dos hospitais se reuniram com integrantes da Secretaria da Saúde. No encontro virtual foram abordados os problemas mais críticos das instituições, como como falta de recursos humanos, equipamentos e insumos.
Fonte: Rádio Guaíba
