A Organização Mundial da Saúde (OMS) deve autorizar, entre fevereiro e março, o uso emergencial de pelo menos mais duas vacinas contra a covid-19: a desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e a da chinesa Sinopharm. A informação foi dada pela diretora de acesso a medicamentos do órgão multilateral, Mariângela Simão, em entrevista à GloboNews.
Essa autorização possibilitará que o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) adquiram e distribuam a vacina a países menos desenvolvidos. Além disso, tende a agilizar os processos de imunização contra o coronavírus em nações que não possuem agências regulatórias estruturadas para importar a vacina.
Até o momento, a OMS autorizou apenas o imunizante da Pfizer em caráter emergencial.
Em relação à CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, Mariângela limitou-se a dizer que a OMS aguarda os dados para emitir opiniões. A diretora ainda se manifestou de modo contrário à possibilidade de instituições privadas se adiantarem ao poder público no oferecimento de imunizantes:
— A Sinovac ainda não apresentou o dossiê completo – disse. – A vacinação é um bem público, não deveria ter discriminação entre quem paga ou não — completou, a respeito de clínicas brasileiras que procuraram a Índia para importação de imunizantes por fora das estratégias do Ministério da Saúde.
Origem do coronavírus
Mariângela Simão chamou de “paranoia” a teoria de que o coronavírus foi criado em laboratório.
— A principal hipótese continua sendo a origem animal — lembrou.
Integrantes da OMS estão na China para estudar as origens do microrganismo, mas enfrentam resistências do governo local, fato criticado publicamente pela organização multilateral.
Fonte: Gaúcha ZH